A Associação Brasileira de Hospitais e Clínicas de Transição (ABRAHCT) representa e congrega as instituições que atuam no cuidado a pacientes que se recuperam de enfermidades agudas e ainda não estão aptos para retornarem para casa. Utilizando equipes multidisciplinares especializadas em programas de recuperação e reabilitação, em ambiente bem mais tranquilo e acolhedor, apoiam familiares e cuidadores em um momento de alta demanda de cuidados.
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Somos quase 2 mil leitos no país!
Nutrição tem papel vital em hospitais e clínicas de transição
Por ser essencial para bem-estar físico e mental, prevenindo doenças e promovendo uma vida saudável, os serviços de nutrição têm papel de protagonismo. Sua especificidade e abordagem podem variar de acordo com fase específica da jornada do paciente e o tipo de atendimento prestado, seja para reabilitação, cuidados paliativos ou cuidados continuados
A nutrição é muito mais do que apenas alimentar o corpo; é um ato de amor-próprio e cuidado. Ela alimenta não apenas o físico, mas também o emocional, fornecendo os nutrientes necessários para uma vida plena e saudável. Além disso, a nutrição nos conecta com nossa cultura, memórias e tradições, tornando-se uma expressão de identidade e comunidade. É através dela que nutrimos não apenas nosso corpo, mas também nossa alma, proporcionando vitalidade e bem-estar em todos os aspectos da vida.
Por ser essencial para o bem-estar físico e mental, prevenindo doenças e promovendo uma vida saudável, tem um papel de protagonismo nas instituições de saúde. No caso especificamente dos hospitais e clínicas de transição, considerando que essas unidades recebem pacientes para uma continuidade do cuidado, é parte integrante de uma equipe multidisciplinar dedicada ao cuidado dos pacientes, entendendo o histórico e o estado nutricional de cada indivíduo e atuando na adequação da dieta e no planejamento cuidadoso da jornada de recuperação.
Apesar dessa crucialidade, Renata Garrido Rassi, nutricionista altamente qualificada e experiente nesse contexto e que atualmente é gerente do serviço de nutrição da Rede Altana Premium Care, instituição associada da Abrahct, explica que o papel da nutrição varia segundo a fase específica da jornada do paciente e o tipo de atendimento prestado, seja para reabilitação, cuidados paliativos ou cuidados continuados. Durante a fase de reabilitação, por exemplo, a nutrição demanda uma atenção mais próxima, assegurando a aceitação alimentar, a suplementação adequada e, quando necessário, o uso de vias alternativas para garantir o aporte calórico necessário e promover resultados positivos na recuperação.
Para pacientes em cuidados paliativos, o foco está no conforto, respeitando o quadro clínico individual e oferecendo alimentos que proporcionem prazer e atendam às necessidades calóricas específicas. A utilização de suplementos e outros recursos é considerada parte essencial do cuidado nutricional nesses casos.
“Já para pacientes em cuidados continuados, que frequentemente enfrentam uma longa permanência na clínica, surge o desafio de satisfazer suas necessidades e preferências nutricionais diárias. Nesses casos, a parceria com familiares e/ou cuidadores desempenha um papel bem valioso na busca por uma nutrição adequada e na promoção do bem-estar do paciente”, reforça a nutricionista.
Renata complementa ainda que os desafios enfrentados pelo time responsável pelo serviço de nutrição em clínicas de transição são semelhantes aos encontrados em hospitais de alta complexidade. Entre eles está o manejo da perda ou ganho de peso, além da revisão contínua das opções de terapia nutricional para garantir a melhoria ou manutenção do quadro clínico dos pacientes.
Os profissionais de nutrição que atuam nesse ambiente específico possuem uma visão abrangente do serviço, desde a produção de refeições até o suporte nutricional clínico. Compreendem a importância de uma abordagem integrada e multidisciplinar para proporcionar o melhor cuidado possível aos pacientes.
Pós-graduada em Gestão de Qualidade em Saúde pelo Albert Einstein – Centro de Educação em Saúde Abram Szajman (2018), Renata é especialista em Nutrição Parenteral e Enteral pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPN), desde 2013. Além disso, é pós-graduada em Nutrição Clínica pelo Instituto do Metabolismo e Nutrição (Unidade Jabaquara) em 2012.
O crescimento do setor de hospitais e clínicas de transição foi destaque na imprensa. Dados levantados pela Abrahct revelam que, nos últimos cinco anos, houve um aumento 101,6% no número de leitos dedicados a essa modalidade de cuidado. Atualmente são 2.745 leitos, contra 1.361 existentes em 2018. A perspectiva é de que esse número siga em ascensão, chegando a quase 3,3 mil leitos nos próximos anos. A Abrahct representa 72% das unidades de transição presentes no mercado e segue em sua estratégia de fortalecer o setor.
Saúde Business: https://www.saudebusiness.com/hospitais/setor-de-hospitais-e-clinicas-de-transicao-dobra-de-tamanho-no-brasil-nos-ultimos-cinco;
Revista Visão Hospitalar: https://revistavisaohospitalar.com.br/setor-de-hospitais-e-clinicas-de-transicao-dobra-de-tamanho-no-brasil-nos-ultimos-cinco-anos/.
O Comitê de Comunicação e Mercado é composto por nove membros e atuará diretamente com todos os agentes envolvidos, com o intuito de discutir e gerar propostas de temas que possibilitem a evolução do setor, construindo um posicionamento que evidencie a contribuição do segmento de clínicas e hospitais de transição para a sociedade e para o equilíbrio do ecossistema de saúde.
O Comitê Regulatório da Abrahct surge com o intuito de construir, fomentar e fortalecer a regulação das atividades do setor de Transição de Cuidados no Brasil. É composto por profissionais altamente experientes, qualificados e competentes, alguns deles inclusive, atuando neste mercado desde o surgimento do conceito no país. O Comitê tem ainda como objetivo estabelecer canais de diálogo junto aos órgãos competentes como a ANVISA e outras entidades do setor.
O Comitê Científico da ABRAHCT é composto por oito membros, sendo estes responsáveis por realizar estudos e artigos científicos sobre hospitais e clínicas de transição. O comitê tem como atribuição propor também a padronização de conceitos e a criação de indicadores para o setor.