Um dos fundadores da ABRAHCT, executivo reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável do setor ao assumir mais um mandato como tesoureiro
No final de junho, a ABRAHCT (Associação Brasileira de Hospitais e Clínicas de Transição) elegeu um novo Conselho de Administração. Além de Frederico Berardo, que permanece na presidência, Arthur Hutzler, um dos fundadores da entidade, foi reconduzido à função de tesoureiro, cargo que ocupará até 2026.
Hutzler possui uma trajetória marcada pelo empreendedorismo nas indústrias de insumos hospitalares e prestação de serviços de saúde. Engenheiro formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com MBA em Marketing pela Fundação Instituto de Administração, ele atua na área da saúde há 25 anos. Foi responsável pela concepção e fundação da Rede Humana Magna de Saúde Ltda., uma instituição de transição de cuidados em São Paulo, onde liderou as operações por cinco anos e recentemente assumiu uma cadeira no Conselho de Administração. Além disso, Hutzler é sócio e gestor de pipeline em saúde da Trigger Participações, uma gestora especializada em investimentos em ativos de saúde.
O tesoureiro desempenha um papel crucial em qualquer entidade, sendo responsável por gerir e controlar os recursos financeiros da organização. Sua função é garantir que o orçamento seja seguido, que as receitas e despesas sejam monitoradas de forma eficaz, e que os recursos sejam utilizados estrategicamente para alcançar os objetivos da entidade. Além disso, o tesoureiro assegura a transparência e a prestação de contas, proporcionando confiança aos membros e stakeholders sobre a saúde financeira da organização. Em entidades como a ABRAHCT, onde os recursos são escassos e a sustentabilidade financeira é vital, o papel do tesoureiro se torna ainda mais essencial para garantir a continuidade e o sucesso das atividades planejadas.
Hutzler aceitou mais uma vez esse desafio. “Vejo que a nova diretoria tem uma energia renovada, com novas ideias e disposição para enfrentar os desafios. Isso é essencial para reforçar a confiança dos membros e atrair novos associados,” explica ele.
Sobre os próximos passos, Hutzler enfatiza que, embora a regulamentação seja um aspecto importante, sua urgência e impacto variam em diferentes regiões do país. “A regulamentação é importante, mas o Brasil é um país grande e diverso, com realidades muito diferentes. Em São Paulo, por exemplo, hospitais são fiscalizados pelo Estado e as clínicas pela Prefeitura, através da gestão descentralizada das UVIS (Unidades de Vigilância em Saúde), ainda verificamos entendimentos regulatórios distintos, bem como entre municípios diferentes. Isto precisa ser uniformizado, convergindo para um entendimento comum. Vamos nos posicionar e garantir que as necessidades do setor de transição de cuidados sejam reconhecidas ao nível nacional”, reforça.
Educação e Conscientização
Hutzler também vê a conscientização e a educação como pilares fundamentais para o futuro da ABRAHCT. “Trabalhar com as operadoras de saúde e os hospitais nos últimos anos mostrou que, embora o conhecimento sobre cuidados de transição tenha crescido bastante, ainda precisa ser reconhecido integralmente como elemento relevante na linha de cuidados e como parte da solução de sustentabilidade do sistema de saúde. Precisamos continuar nosso trabalho para mudar essa percepção, mostrando o valor real que oferecemos”, destaca
Ele reconhece ainda haver muito trabalho a ser feito nessa esfera de educação, que inclui não apenas as operadoras, mas todos os demais stakeholders, como hospitais, médicos e os usuários do sistema de saúde. “Nosso foco precisa ser abrangente, englobando todas as partes envolvidas. Devemos continuar demonstrando de forma clara e contundente os resultados positivos dos nossos serviços”, conclui Hutzler.